Você já foi a Disney?

No final assistam o vídeo do Ariano Suassuna contando sua experiência!
Eu falei um pouco da pressão das pessoas mais próximas para que os pobres poupadores assumam um padrão de vida elevado no post A tentação de ser um homem bem sucedido!

Agora vou compartilhar com vocês um racional muito simples que utilizei para convencer minha família, ou seja, esposa e filhos, sobre a intensão de comprar uma residência maior. Vamos lá, talvez não seja tão simples assim para todo mundo.

Hoje minha residência é realmente um pouco apertada para o tamanho da família, não posso acumular minhas tranqueiras, ferramentas, equipamentos de surf... As crianças não tem espaço para brincar, ninguém tem um espaço na casa para ficar sossegado... Minha esposa não tem um armário que comporte todas as suas peças de roupa.

Essa residência tem duas grandes vantagens:
1 - O custo somado de condomínio e IPTU é de R$ 450,00 mensais.
2 - A vizinhança não é abastada, então meus filhos não ficam me cobrando viagens para a Disney, roupas de marca, ou o último lançamento da Apple/Samsung, minha esposa não faz pressão para que as crianças estudem na escola mais cara da cidade.

Ponto importante, apesar da vizinhança ser de classe 'financeira' baixa, o convívio no condomínio tem poucos problemas, a maioria respeita as regras de convivência e as pessoas são educadas, acredito que é um lugar ideal para um casal sem filhos.

Como fica claro na apresentação da minha atual residência, a minha família esta querendo mais espaço, e é somente mais espaço mesmo, estamos satisfeitos com a localização.

Fiz algumas pesquisas sobre as alternativas no mesmo bairro, procurei basicamente por residencias 50% maiores, ou seja, se minha residência tem x metros, o alvo da pesquisa foram residencias x + (x/2).

Em um claro contraponto as grandes vantagens da minha atual residencia, as duas grandes desvantagens da nova residência pleiteada são:
1 - O custo somado de condomínio e IPTU, no melhor dos casos, ficou em R$ 1300,00 mensais.
2 - Para meus filhos serem aceitos entre os novos colegas, eu teria que ir para Disney, teria que investir R$ 10k em smartphones novos, não sei quanto em roupas novas e por fim precisaria trocar a escola deles!

Visitei alguns condomínios e fiz questão de mostrar para minha esposa o comportamento da maioria dos adolescentes, todos vidrados nos seus gadgets de última geração, todos com roupas de marca. O estacionamento do condomínio com a maioria das máquinas superando os 120k é um monumento ao consumismo.

Primeiro eu convenci minha esposa, e utilizei argumentos bem simples:
Você quer aumentar o custo básico de 450 reais para 1300 reais?
Você quer que nossos filhos não sejam aceitos? Eu nunca vou comprar um telefone de 8 mil reais para nenhum deles! Roupas de marca então, nem pensar!

Basicamente com isso consegui o apoio da minha esposa.

É importante observar, as residencias que estão dentro do meu orçamento, não são opções para pessoas ricas de verdade, são opções para classe média endividada, que acumula prestações da residência, do carro e o sufoco para pagar um colégio de prestigio para os filhos.

Uma variável que nunca vejo meus amigos considerando quando pleiteiam morar em um bairro mais nobre é o aumento do custo de vida indireto. Para você ser aceito em um ambiente onde viagens para Disney são mais importantes que educação (não estou falando do colégio, educação e respeito com o próximo mesmo), que um carro com alguma exclusividade é essencial para que as pessoas não considerem você desqualificado financeiramente e que roupas de grife precisam ser utilizadas para que você possa utilizar o elevador social sem constrangimentos... Tudo bem tem um pouco de exagero... Mas reflitam se esses pontos não irão impactar o seu modelo de gastos, no final das contas somos humanos e temos uma necessidade intrínseca de aceitação.

Enfim, não tenho o dom para escrever bem, mas acho que a ideia central ficou bem clara, são dois os pontos principais quando decidimos morar em uma residência maior em um bairro mais sofisticado.
1 - Custos básicos podem triplicar (condomínio, IPTU)
2 - Vai ser bem difícil não aumentar o padrão de consumo, você irá ver todos os dias seus vizinhos com um padrão diferente do seu, a batalha por uma vida frugal será muito mais difícil.

Bons aportes e uma grande evolução patrimonial para todos vocês!

Você foi a Disney?
Assistam esse vídeo, 5 minutos. Ele é engraçado e tem uma crítica muito dura!




https://www.youtube.com/watch?v=bFZulQoS63I
Você já foi a Disney? Você já foi a Disney? Reviewed by Surfista Calhorda on 9:39 PM Rating: 5

38 comentários:

  1. Interessante a reflexão, Surfista. Quando a gente pensa em fazer alguma mudança na nossa vida, seja de casa (bairro), trabalho, ou até mesmo de cidade, costumamos avaliar apenas a parte objetiva dos custos (custo de vida, propriamente dito), mas esquecemos de avaliar subjetivamente o estilo de vida das pessoas, seja no novo bairro, trabalho ou cidade e que irá impactar subjetivamente no nosso estilo tb.

    Abc, JB.

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    1. Isso é verdade, quase tudo fica mais caro, estacionar o carro, alimentação, moradia, entretenimento... Acredito que é muito difícil você não adequar pelo menos um pouco do seu comportamento, afinal você precisa se adaptar para conviver com as novas pessoas que estarão próximas à você, essa adaptação vem de maneira natural, você vai começar a se interessar pelo assuntos mais comentados pelo novo circulo de relacionamento que você está construindo.

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  2. Que modéstia, você escreve muitíssimo bem Surfista!

    Pontos muito interessantes ... Venho sempre debatendo sobre este tema com a minha esposa e a vontade de "Morar numa cobertura espaçosa com piscina" ... Seria praticamente jogar o sonho de IF fora ...

    Ótima discussão.

    Um abraço

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    1. VDC valeu pelo afago no meu ego, mas meu português estruturado é complicado, risos.
      Sobre a discussão é boa realmente, os comentários abriram várias dúvidas pra mim.
      Será que a maioria dos realmente ricos tem um interesse mais profundo sobre os temas da humanidade?
      O ponto ocupado pelo avaliador na pirâmide econômica impacta drasticamente a opinião dele em relação as pessoas alavancadas e reféns do padrão de vida? O cara da classe média releva o alavancado da classe baixa, o cara de classe média com educação financeira condena as pessoas alavancadas da sua mesma classe.
      Enfim se eu tiver mais um pouquinho de tempo vou entrar cada vez mais no paradoxo de Sócrates.

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  3. De fato, a mente dos brasileiros é muito pequena.
    Eu já fui à Disney e nunca vi isso como algo para se avaliar o nível da classe de uma pessoa. Sua postagem até me inspirou a escrever algo sobre isso.
    Você está certo em morar em um lugar que atenda suas necessidades bem e racionalizar antes de dar o próximo passo.

    Bons ganhos ganhos e um grande abraçoo!

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    1. Valeu pelo comentário Burguês. Talvez a maior concentração de pessoas que valorizam o nível econômico acima de tudo, possa estar na classe média alavancada, que precisa vender seu poderio econômico.
      Esse é um ponto interessante, conheço bastante gente que vive na periferia que opera alavancada também, tem carro popular do ano, ao custo de muitas prestações... Será que o comportamento das pessoas de classe baixa que vivem alavancadas é similar ao que eu presenciei? No churrascão do final de semana o cara compra uma picanha para fazer uma presença e entra no cheque especial... Um dia eu vou ter tempo para me dedicar a temas como esse de maneira mais profunda.

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    2. Ou será que a ostentação da classe baixa, carro popular do ano, picanha no churrasco do final de semana, viagem para o nordeste... Não me ofende tanto, pois eu já estou um step acima na pirâmide econômica? O ponto que o avaliador se encontra na pirâmide econômica pode mudar bastante a capacidade de avaliação dele.

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    3. Com certeza meu amigo! Você pegou o ponto chave. Acredito que seja coping (uma espécie de controle de danos), onde a pessoa não consegue aceitar o fracasso financeiro da realidade, então compra coisas para mascará-lo. Talvez a picanha nem seja para impressionar os outros, mas sim ele mesmo. Enquanto você, que agiu com responsabilidade e hoje tem uma vida financeira estável, prefere preservar este status ao invés de autoenganar-se...
      Não sei se ficou claro o que eu disse, basicamente concordei com você, principalmente com este trecho: "Não me ofende tanto, pois eu já estou um step acima na pirâmide econômica?"

      grande abraço!

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    4. ahh, mais uma coisa.
      Esse tema ficou muito bom! Nem parece blogspot.
      Parabéns!

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    5. Valeu. Confesso que fiquei muito feliz com a repercussão também, vários comentários com opiniões distintas, fizeram eu olhar em várias direções que sozinho não teria me preocupado.

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    6. Pooow, SC, tocou na ferida agora... Realmente, muitas vezes eu fico me perguntando se vale a pena mesmo toda essa frugalidade, enquanto vejo o pessoal da minha cidade que, sei lá, deve ganhar um quarto do que eu ganho, e tem carro do ano, viaja direto, vive ostentando em rede social, enquanto eu ando de bizinha rsrsrs e junto um ano pra fazer uma viagem melhorzinha! É osso. É o preço.

      JB

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  4. Olá Surfista,

    Parabéns pelo post. Como vi de uma família pobre e da roça, fui ouvir falar nesse negócio da Disney quando já estava com meus 20 e todos anos. Você está certo em não mudar. Não compensa o custo beneficio. O valor do condomínio triplicou, imagine o aluguel ou o preço do imóvel.
    Conheço muita gente que vivem nesse mundo de aparências, mas cheias de dívidas.

    Abraços.

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    1. Cowboy, acho que o ponto principal é esse mundo de aparências. Acho que as pessoas que precisam operar de maneira alavancada para vender um padrão de vida que acabam caindo na desgraça de valorizar o nível econômico acima de tudo mais.
      Vamos continuar trabalhando, quem sabe um dia não vamos estar aptos a passar a barreira da classe média que opera alavancada.
      Nós temos um grande exemplo na blogosfera, seria um privilégio ser vizinho do Soul Surfer, será que ele é o padrão das pessoas que ultrapassaram a barreira da classe média endividada?

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  5. Interessante a reflexão, imagino que quando eu tiver filhos não vou querer que eles fiquem expostos a um padrão de consumismo que não cabe na IF. Crianças não entendem muito de poupança, para eles ganhar 10k significa gastar 10k, só o tempo vai ensiná-los o valor de guardar.
    Deixar mentes tão vulneráveis num sistema pronto a explora-los e receita para o fim da IF.

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    1. Bicho Poupão, apesar do anom abaixo trazer um relato muito bom que é um contraponto ao que eu falei, imagine seus filhos convivendo com crianças que os pais tem barcos no litoral, carros luxuosos, casas de campo... Eu acho que esse cenário com toda certeza vai trazer alguma dificuldade adicional para você justificar o motivo pelo qual não pode ter esse tipo de luxo também.
      Lógico que o meu ponto de vista, parte de um lugar onde eu não tenho capacidade de adquirir esse tipo de passivo, sem perder meu equilíbrio financeiro. É o que eu ressalto sobre quem é rico mesmo e quem é classe média e pensa que é rico.
      No fim do dia eu deveria ter mais patrimônio para não precisar procurar opções no meio do caminho, ou se é pobre, ou se é rico kkkk Ficar no meio do caminho não é bom.

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  6. Surfista,
    você está viajando na maionese.
    Eu moro em um prédio com 36 unidades. TOP.
    A criançada toda vai para a Disney uma vez por ano (algumas famílias tem casa em Orlando). Tem todos os aparelhos que vc pensar. Carros? O meu é o mais simples da garagem. Fica cercado de SUV´s e BMWs.
    Bem, como disse meu carro é o mais simples da garagem. E olha que a maioria tem dois carros e o meu perde para o segundo carro dos vizinhos.
    Meus filhos não tem aparelhos ultra modernos. Eles têm celulares, mas nada que chegue perto do que a galerinha tem. Eles não estudam nas escolas TOP que a galera estuda. Não usam as roupas que eles usam, enfim, acho que você entendeu.
    MAS, .... , nunca me disseram que não são aceitos pelos colegas. Muito pelo contrário, vivem no meu apto. Arrisco dizer que alguns ficam mais lá em casa do que na casa deles.
    Não sei o condomínio que vc foi, mas no meu as crianças não são educadas para discriminar ninguém.
    Se tem duas coisas que não arrependo na minha vida foi comprar meu apto (a propósito pago 4 mil de iptu) e a cota do melhor clube de BH (custa 28 mil). O ambiente é totalmente diferente do mundo em que eu vivia. E não vejo ninguém querendo diminuir ninguém. Eu, e a família inteira, andamos super simples e nunca fomos tratados com indiferença em nenhum dos ambientes.
    Enfim, é minha visão.
    Sobre a Disney, esse ano irei levar meus filhos lá. Minha filha fará dez anos e pediu de aniversário. Levarei numa boa. E o bom é que tenho várias informações de pessoas que vivem indo lá. É como eu já tivesse até ido. Lógico que ninguém precisa ir na Disney, meu mesmo nunca quis ir e nem iria se não fossem meus filhos. E minha filha sempre quis ir lá por causa dos DVD´s da Disney que ela assistia e não por influência do meio.
    Abraço!

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    1. Moro num apartamento caro, mas não de alto padrão. Apesar de ter alguns carros cujo preço são maiores do que 150k (e algumas poucas BMWs), não sou excluído. Continuo andando de bermuda e chinelo, inclusive no shopping.

      Acho que essa ideia de aparências tem diminuído substancialmente.

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    2. Anom, interessante ler uma experiência diferente, de verdade fico muito feliz de perceber que existem lugares onde o nível econômico não é tão preponderante para a aceitação. Porém posso dizer que o espaço amostral, que é pequeno eu sei, utilizado por mim, não me causou boas impressões.
      Inclusive tenho um amigo de surf que mora em um condomínio desses que eu visitei, fiz uma imersão indo em algumas festas promovidas por ele, até os temas abordados durante as conversas são voltadas para o exibicionismo de patrimônio, não consegui perceber a possibilidade de ter um clima parecido com seu relato.
      Como eu disse os condomínios que eu visitei são de classe média que pensa que é rica, talvez se eu visitar os condomínios das pessoas ricas de verdade eu consiga visualizar um cenário próximo ao seu relato.
      Obrigado pelo comentário.

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    3. Minha experiência é parecida com a dos anônimos acima.
      Vivo em um condomínio de padrão alto em uma grande capital, meu veículo principal é uma bicicleta (a esposa tem um carro normal), nunca tivemos roupas de marca e minhas filhas não tem smartphones, nem estudam no colégio mais caro da região.
      Nunca (nunca mesmo) sofremos qualquer tipo de discriminação.
      Talvez uma coisa que influencie o tipo de morador do condomínio é a idade do prédio.
      Meu prédio tem mais de 40 anos (apesar de estar em excelente estado). Não tem piscina, área de lazer, varanda gourmet e outros modismos do gênero.
      Como resultado da idade do prédio, muitos moradores são idosos. Os jovens que chegam, escolheram um prédio bom mas sem luxos, por isso, costumam não ter o perfil de ostentação. Na garagem existem alguns poucos SUVs, mas bem menos do que em prédios novos de amigos que visito.

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    4. Anom muito bom, temos algumas informações que racionalizam a discussão. Eu realmente visitei condomínios novos, que seguem um modelo de parque com uma série de itens de lazer, desde piscina aquecida até bosques para passear com cachorro, e o perfil dos moradores é bem diferente, são mais jovens.
      Obrigado pela comentário, ter contato com postos de vista diferentes tem me ajudado muito, acho que ampliei minha capacidade de avaliação da situação.

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  7. Ótima reflexão SC!

    Vendo você falar da sua esposa e como a convenceu, me veio a mente uma conversa com uns amigos que prezam a gestão financeira eficiente e me deparei com uma situação em comum entre nós três (nos 3 casos nossas esposas trabalham e recebem algo em torno de 60% do que recebemos de salário). Todas elas se endividam absurdamente e depois de horas de discussão, o dinheiro da IF sai da conta e paga os boletos (cheios de juros).
    Isso está me desgastando pra ser sincero. Como pode? Não temos uma vida de mendigos, ela nunca teve uma vida tão boa quanto agora e mesmo assim excede os limites de gasto.
    Visto estes amigos meus, parece que isso é natural do sexo feminino. O mesmo acontece com você? Como lidar com isto??

    Abraços

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    1. Anom, minha esposa é parceira, eu compartilho meus resultados e fiz durante muito tempo um trabalho de educação financeira com ela, então hoje ela não traz problemas para construção do nosso patrimônio. Ela até consegue juntar alguma coisa, mas quando chega a algum valor relevante se dá ao luxo de gastar com alguma coisa não essencial.
      Eu não consegui que ela seguisse o mesmo ritmo de poupador que o meu, mas agora ela já aprendeu a não gastar mais do que ganha e me ajuda com algumas responsabilidades da casa, achei um ponto de equilíbrio interessante, mas precisei de pelo menos 3 anos de insistência para que ela começasse a melhorar.
      O negócio é não desistir e reforçar as mensagens principais várias vezes.
      Comecei mostrando que ter vários cartões de crédito não era legal, depois comecei a mostrar o quanto ela gastava com tarifas bancárias e juros e por fim ela aprendeu que deveria gastar menos do que ela ganha. Não tem um processo fácil não, precisa se dedicar e persistir no tempo para conseguir os resultados.

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  8. Olá Surfista,

    Sei lá. Acho que não é pra tanto.

    Ficar se prendendo em um lugar pequeno e desconfortável que não acomoda a família, porque precisaria gastar 8 mil reais em celulares para se adequar ao novo meio?

    Tenha personalidade. Se tem condição de pagar o apê e o condomínio, não se prenda às outras coisas.

    Viaje pra Disney se quiser. Tenha o carro que quiser.

    Não deixe os outros ditarem seu modo de vida.

    Abçs!

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    1. Investidor Internacional, o principal ponto para mim é a condição de pagar pelo novo padrão de vida. Eu relatei os argumentos que eu utilizei, mas de verdade é que daria alguns passos atrás com o capital necessário para comprar o novo imóvel, ou mesmo para assumir o passivo do aluguel.
      Fico grato pelo ponto de atenção e vou cuidar para que o modelo de vida dos outros não tem um peso acima do adequado para minha decisão.
      Muito obrigado pela contribuição.

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  9. Sinceramente? Acho que isso é mais coisa interna sua do que das outras pessoas. Tudo indica algum complexo de inferioridade ou alguma outra coisa. Parece que quem quer se exibir no fundo é vc mesmo.

    Voce quer um pacote fechado e so aceita morar em determinado local sob certas condições. Condições essas que vc mesmo estabeleceu. No meu condomínio tem de tudo, cada um escolhe como quer viver.

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    1. Obrigado pela sinceridade, o lance do complexo de inferioridade realmente existe, mas não acredito que minha percepção esteja completamente enviesada por esse motivo.
      É difícil negar que existem pessoas, e não sou poucas, que valorizam muito o nível econômico.
      Exibicionismo? Acho interessante, só o ato de criar um blog, para tentar mostrar o que eu tento ter controle financeiro, que eu tenho um planejamento de aportes e uma meta de patrimônio é um puta ato exibicionista, estou tentando propagar aquilo que eu acredito, no fim vejo um comportamento análogo em diversas situações da vida.

      Sobre o pacote fechado, você não acha justo eu procurar um lugar que atenda as minhas condições, pode ser que as minhas condições sejam inviáveis, mas depois de tanto tempo guardando dinheiro, estudando e trabalhando seria burrice não tentar buscar o melhor para mim.

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  10. Olá Surfista!
    Excelente reflexão. Vejo diariamente meus colegas de trabalho nesse problema que você vislumbrou, tendo que manter um padrão de vida acima do que eles podem bancar, porque moram numa vizinhança mais cara.
    Abraço

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    1. Janota existe algo bem básico que ajuda muito nessa situação, eu costumo dizer isso várias vezes para as pessoas que se dispõem a me escutar. O primeiro passo é não gastar mais do que você ganha, depois desse primeiro passos dá para atacar o lance de ser conservadoramente financiado kkkk
      É muito mais fácil ser empurrado para uma vida alavancada do que ter uma vida financeiramente estabilizada, educação financeira deveria ser matéria básica na escola.
      Valeu pelo comentário.

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    2. nao fui mas quero ir.
      Quem sabe daqui uns anos.
      Tem gente que ate lua de mel passa na Disney!

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  11. Discordo completamente. Sempre morei em um prédio com pessoas com muito mais dinheiro que eu. 90% do pessoal do meu prédio é vereador, médico, empresário ou funcionário público de alto escalão (que ganham 30 mil ou mais), não tenho roupa cara, meu carro é um ônix usado e eles nunca me trataram mal. Todo mundo é muito educado e as conversas que eu tenho com os que eu sou mais próximo são sobre política e economia, sem futilidades. Acho que vc tá criando uma imagem estereotipada da situação.

    Rico que se comporta assim como vc falou são aqueles que eram pobres e subiram de vida a reboque nas costas de algum parente trabalhador. Quem sempre viveu na riqueza (ou até mesmo aqueles que eram pobres, ficaram ricos trabalhando e são sensatos) não fala sobre ela porque ela é tão banal quanto falar sobre chuva. Quem ostenta é o pessoal que não tá habituado a ela e se deslumbra. Quem nunca teve condição de ir pra Disney quando era pobre passa a achar isso uma coisa pra esbanjar. Mas quem sempre foi pra Disney desde criança e pode ir a hora que quiser, considera isso uma coisa comum e não vê sentido em ostentar isso.

    Uma dica: procura apartamento em prédios antigos grandes, pq são nesses lugares que essas pessoas que nasceram ricas moram. Vc com certeza foi num desses prédios novos, cheios de inutilidades como varanda gourmet e sauna, que são voltados para esse público deslumbrado com dinheiro.

    Até no meu trabalho eu percebo isso. As pessoas que melhor tratam os outros e são menos fúteis são exatamente as que sempre viveram uma vida de rico. As duas pessoas mais bacanas lá são as que tem as famílias mais ricas de lá (ligadas com a política ou com empresa de grande porte; dá pra perceber pela própria postura delas que elas sempre tiveram uma vida luxuosa) e os mais enjoados são justamente aqueles que nasceram pobres e passaram a ganhar mais dinheiro depois de adultos.

    Acho que vc tá errado em negar um espaço maior pra sua família por preocupação com padrão de vida. O que tá faltando é procurar no lugar certo.

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  12. Uma curiosidade: pouco tempo atrás se mudaram para o meu prédio uma família bem numerosa e o apartamento foi comprado por um cara que virou prefeito de uma cidade no interior. É bem fácil perceber que eles sempre tiveram uma vida bem pobre; eles até se encolhem no canto quando entra um outro morador no elevador (se sentem intimidados por estarem num ambiente de pessoas ricas - sem necessidade pra isso, aliás). Ontem o morador da cobertura (é um apresentador da TV local e deputado estadual; só o condomínio dessa cobertura custa R$3.600), que sempre conversa comigo quando a gente se encontra (pergunta até sobre como tá o meu cachorro), entrou no elevador e um rapaz dessa família abaixou a cabeça e ficou olhando pro chão, de tão encabulado. Taí um exemplo que pode ter acontecido com vc: pode ter ficado intimidade com o pessoal justamente por não estar acostumado com pessoas ricas, partindo do princípio de que elas são superiores e inalcançáveis. Esquece essa bobagem e vai dar um teto melhor para os teus filhos.

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    1. Só pra esclarecer, eu fiz esse comentário aí de cima e o de 00:02

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    2. Mais um exemplo dos meus vizinhos ricos: semana passada, comprei um split na promoção da City Lar e tava com dificuldade para carregar do carro até o elevador. Um vizinho meu que tava chegando na mesma hora viu a situação e foi me ajudar sem nem eu mesmo pedir. Um detalhe: ele é desembargador, presidente do Tribunal de Justiça, a autoridade máxima do Judiciário no estado e ganha R$60.000 por mês.

      Esse comportamento de rico arrogante é de gente que não tá acostumada em ter dinheiro

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    3. Excelentes exemplos Anom. Eu realmente desisti de aumentar meu padrão de vida e os seus exemplos me ensinaram que não podemos generalizar.

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  13. Surfista,
    Quem dera eu conseguisse convencer tão facilmente minha esposa sobre esses aspectos que vc mencionou na mudança de apto!

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  14. A classe média brasileira é a maior concentração de analfabetos financeiros do mundo. Casais com renda de 20k por mês vivem endividados por causa de iphones, Suvś, viagens, fotos no facebook. è apenas ostentação a vida desses bobocas.

    Posso falar pois trabalho com um casal assim, e eles não têm nem um CDB mixuruca, mas tê iphone.

    Independência fiunanceira é questão de escolha, a maioria da classe média escohe gastar tudo e mais um pouco. Nunca chegarão perto do milhão.

    Ao contrário dos bobocas do SUV, prefiro comprar cada vez mais fiis e boas ações para ter mais, ter mais dinheiro, assim poderei morar onde quiser. Não tenho nem pretendo ter filhos. Meu lance é fazer grana.

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  15. Rapaz, fiquei impressionado dos relatos como o no Anônimo de BH, que mora em um condomínio de alto padrão levando uma vida espartana sem ser incomodado com isso. Parabéns aos cidadãos de BH. Moro no RJ/ Capital, e por aqui é exatamente o contrário, a ostentação é full time, status, aparência é TUDO! Nos carros, roupas, acessórios, gadgets, e até no corpo físico (anabolizantes, drogas para secar barriga, etc)! Se for verdade que as pessoas de BH são tão espiritualizadas assim, rs, vou colocar a cidade nos meus planos de aposentadoria!

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“Em tempos de embustes universais, dizer a verdade se torna um ato revolucionário.”
George Orwell

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